O ano
legislativo terá início nesta quarta-feira (2), e o Conselho Federal de
Enfermagem (Cofen) vem articulando apoio parlamentar pela votação e
aprovação urgente do PL 2564/20, que cria o piso nacional da categoria, uma
luta de quase três décadas.
Aprovado no ano passado no Senado, o PL tramita agora na Câmara dos Deputados. “Seguimos em mobilização para que o PL vá ao plenário, em diálogo com as equipes parlamentares. Durante os últimos dois anos, estivemos diariamente no Senado, e agora a luta segue na Câmara”, declarou a presidente do Cofen, Betânia Santos.
Uma
das vozes mais influentes da categoria na Câmara dos Deputados, a enfermeira
Carmen Zanotto (Cidadania/SC), coordenadora da Frente Parlamentar Mista da
Saúde, afirmou em entrevista ao Portal Cofen que alocações de recursos por
parte do governo federal a estados e municípios e compensações tributárias
podem ser a solução para compensar os impactos orçamentários do piso.
“Não
tenho dúvida no reconhecimento por parte dos parlamentares do trabalho da
Enfermagem. Acreditamos que o relatório dará subsídios em sua aprovação,
inclusive trabalhando para que o Governo aloque recursos a estados, municípios
e prestadores de serviços conveniados ao SUS. Quanto ao sistema privado,
teremos outras alternativas, tais como a desoneração da folha (que incide no
setor privado)”, declarou Carmen.
A
proposta que estabelece um piso salarial de R$ 4.750 para enfermeiros e pisos
proporcionais para técnicos, auxiliares e parteiras. De acordo com a
parlamentar, o Grupo de Trabalho reunirá estudos e ouvirá representantes da
categoria e de setores impactados pela medida para determinar “o retrato mais
fidedigno de quantos somos no Brasil”. Só assim, a matéria poderá seguir a
tramitação e ser votada no plenário e não ficar “parada nas comissões”.
A Câmara
retomará os trabalhos de forma híbrida em virtude do agravamento da pandemia
com o aumento no número de contágios desde o final do ano passado. Ela
demonstrou tranquilidade com o regime de trabalho de exceção. “Os parlamentares
já estão acostumados com este formato, ao longo de 2020 e 2021 foram híbridos e
nem por isso perdemos em questão de debates e qualidade de contribuição!”,
garantiu a deputada.
Carmen
Zanotto afirma que o momento é de mobilização da categoria, com pressão
constante sobre os gabinetes dos colegas. “Quem não é visto não é lembrado”,
advertiu.
Fonte_COFEN
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