O médico
oncologista Drauzio Varella disse ser a favor da retomada
do uso de máscaras em espaços fechados para conter o recente avanço do
coronavírus.
Segundo
ele, "não custa nada" colocar uma máscara se você for, por exemplo,
pegar um avião
para um voo prolongado ou então circular em espaços
fechados. "Fui a Fortaleza na segunda e era o único de máscara no
avião. Pô, custa colocar uma máscara em um voo de três horas?", critica.
"Os casos
estão aumentando, o vírus está circulando novamente, e nós paramos muito
cedo de usar máscaras em ambientes fechados", disse o médico, que também é colunista
da Folha.
Nesta
quinta-feira (10), o governo
paulista emitiu um alerta devido ao aumento de 56% de internações em
leitos de UTI no estado e de 50% para internações em enfermaria e recomendou o
uso de máscaras no transporte público, em farmácias
e por pessoas com comorbidades ou mais vulneráveis, como os idosos.
Segundo
o secretário David Uip (Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde), a medida
é uma
orientação, mas não é o caso de volta da obrigatoriedade em todo o estado.
"Eu
sou totalmente a favor [da retomada]. Nós julgamos mal o vírus, mas isso é
muito difícil hoje de retomar, do jeito que a pandemia foi conduzida no
Brasil", disse Drauzio, criticando ainda a baixa
cobertura vacinal para diversos imunizantes, inclusive contra Covid, como
efeito de uma campanha antivacina no país sem precedentes.
"Nós
estamos vendo retorno de pólio, baixa cobertura vacinal de sarampo, coisas que
jamais imaginamos voltar. Quando [a saúde] se transforma em questão política
fica complicado", disse.
Ele
afirmou que não há, no momento, nenhuma definição de que vá
participar de um comitê de transição para o governo de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), como tem sido noticiado.
Informou
apenas que foi convidado pelo cardiologista
Roberto Kalil para dar sugestões em uma equipe com outros
profissionais e que irá abordar questões como apoio ao SUS e outras medidas de
importância para a saúde pública, mas que não houve nenhuma reunião até agora e
que "está tudo no ar".
O médico
também descartou a possibilidade de ser ministro da Saúde,
caso seja convidado pelo presidente eleito.
Fonte_FOLHA
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