O Ministério
da Saúde vai incluir novas doenças e agravos relacionados ao
trabalho (Dart) na Lista
Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde
Pública. A decisão foi pactuada com os conselhos Nacional de
Secretários de Saúde (Conass) e Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (Conasems), durante a 7ª reunião ordinária
da CIT, na semana passada.
Após
discussões, foram adicionadas à lista o distúrbio de voz relacionado ao
trabalho, o câncer relacionado ao trabalho, pneumoconioses, dermatoses
ocupacionais, perda auditiva relacionada ao trabalho, transtornos mentais
relacionados ao trabalho, LER/Dort (Lesões por Esforço Repetitivo/Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Isso significa que essas
enfermidades deverão ser notificadas obrigatoriamente por profissionais de
saúde na Rede de Atenção à Saúde (RAS), quando estiverem vinculadas ao
ofício.
Ampliação
da vigilância – “Queremos ampliar a vigilância das doenças relacionadas à
saúde do trabalhador e da trabalhadora porque são doenças evitáveis e passíveis
de prevenção e, com essa vigilância, poderemos identificar as causas e realizar
uma intervenção nos ambientes de trabalho”, destacou o secretário adjunto de Vigilância em Saúde
e Ambiente (SVSA), Rivaldo Cunha.
A Política
Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) tem o
objetivo de ampliar o entendimento de que a saúde dos trabalhadores deva ser
concebida como ação transversal, devendo a relação saúde-trabalho ser
identificada em todos os pontos e instâncias da rede de atenção, o que reforça
a necessidade de notificação compulsória universal e a partir da suspeita para
as Dart.
Até
então, apenas três doenças e agravos relacionados ao trabalho eram
classificadas como de notificação compulsória: acidentes de trabalho, acidentes
com exposição a material biológico e intoxicação exógena relacionada ao
trabalho. De acordo com o Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2006 a 2023, foram
realizadas 440.921 notificações dessas doenças.
Já
em relação às seis Dart que eram de notificação sentinela, de 2006 a 2023,
apenas 16.887 registros foram realizados nos sistemas de informação de saúde.
Por isso, há a necessidade que elas passem a ser de notificação compulsória,
para que a ocorrência seja conhecida e o Ministério da Saúde possa preveni-las
e evitá-las.
Fonte_COFEN
Nenhum comentário:
Postar um comentário