Em
reunião remota, realizada na manhã desta segunda-feira (19/9), o colégio de líderes do Senado Federal discutiu fontes
de custeio para o piso salarial da enfermagem, suspenso pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). A Corte acompanhou o parecer do relator Luís Roberto Barroso, no
entendimento de que o Congresso deve apresentar a fonte da verba para garantir
o piso. Na decisão, Barroso afirmou ter receio de que a elevação do piso sem uma fonte de custeio impactaria na
qualidade do serviço público.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou
uma série de medidas a serem analisadas, entre elas, a utilização de recursos
do orçamento secreto para custear o piso e reverter a decisão do Supremo que
suspendeu o projeto de lei 2.564/2020 (piso da enfermagem) aprovado em agosto
no Congresso. Pacheco ainda deve conversar com Paulo Guedes, ministro da
Economia, e com o presidente do STF, Luiz Fux.
Segundo
o líder da minoria, Jean Paul Prates (PT-RN), a medida teria agradado até mesmo
a liderança do governo federal, ocupada pelo senador Carlos Portinho (RJ-PL).
Na avaliação de Prates, utilizar a verba do orçamento secreto destinada para a
saúde — cerca de R$ 10 bilhões — para custear o piso da enfermagem é um
caminho mais célere, mas precisaria de apoio nas duas casas para aprovar uma
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e permitir o relator-geral do orçamento
fazer fazer isso.
“A
eleição teve parte de sua pauta tomada pelo orçamento secreto. Vamos trazer
oficialmente essa proposta nesta semana, adicionando à essa lista inicial
discutida pelos líderes”, disse.
“O
clima da reunião foi tranquilo e consensual. Desses recursos de R$ 10 bilhões,
ele já está na saúde, mas está aberto a todo tipo de destinação. Boa parte
disso é meio paroquial, a grande crítica ao orçamento secreto é usar quantidade
desproporcional do orçamento para individualizar atendimentos, além das emendas
individuais que já possuem essa finalidade. O que estamos fazendo? Recompondo o
que é da saúde, que será usado para compor o piso da enfermagem”, acrescentou.
Fonte_CorreioBraziliense
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