A
lei do piso salarial da enfermagem está suspensa no STF desde
4 de setembro, após o Supremo acatar uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) contra a aplicação da lei.
O
autor do decreto foi o ministro Roberto Barroso, que teve apoio da maioria
dos ministros do STF após julgamento realizado há um mês,
com placar final favorável à suspensão do piso
salarial da enfermagem.
Por
esse motivo, oito propostas foram apresentados no Senado a fim de
comprovar a viabilidade da aplicação do piso salarial da enfermagem na folha
de pagamento da categoria.
1.
Confusão no Plenário pelo adiamento da votação sobre o piso salarial
enfermagem:
No
dia 6 de outubro, foi realizada uma Sessão Deliberativa Ordinária
Semipresencial no Senado, na qual estava programada a votação do
Projeto de Lei 798/21, favorável ao piso salarial da enfermagem.
No
entanto, a discussão da proposta para o piso salarial da enfermagem foi retirada de pauta de forma inesperada, deixando os
representantes da enfermagem presentes indignados.
O Fórum
Nacional da Enfermagem se pronunciou nas redes sociais e divulgou vídeo
onde é possível ouvir uma representante dizendo "não precisam me
prender", enquanto pressionava os senadores.
"Enfrentaremos truculência,
o descaso e até ameaça de prisão para defender a aprovação das fontes
de custeio e a implementação do piso salarial da categoria",
declarou o FNE em nota.
2.
Projeto de lei a favor do piso salarial da enfermagem foi aprovado:
Na
última terça-feira (11), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 7/22 foi
aprovado na Câmara dos Deputados com 383 votos a favor e
apenas 3 contra, em defesa do piso salarial da enfermagem.
Entre
os três parlamentares em oposição à lei estavam Joseildo
Ramos (PT-BA), Roberto de Lucena (Republicanos-SP) e Damião
Feliciano (União-PB).
Porém,
nas redes sociais, o deputado Joseildo Ramos revelou que seu voto
foi equivocado e que, na realidade, é a favor do piso salarial da enfermagem.
O PLP
7/22 foi aprovado pelo substitutivo do relator, o deputado Antônio
Brito (PSD- BA), com o objetivo de realocar fundos de saúde para
arcar com o custeio das Santas Casas ao piso salarial da enfermagem.
O
projeto direcionaria R$ 2 bilhões dos recursos de saúde e assistência
social de estados, municípios e Distrito Federal, para as entidades
privadas conveniadas ao SUS sem fins lucrativos.
3.
Bolsonaro anuncia desoneração da folha do setor de saúde:
Durante
encontro com sua base aliada de deputados, no Recife, o
candidato Jair Bolsonaro (PL) determinou que a saúde fosse inclusa
na lista de setores com desoneração da folha de salários.
A
ideia foi direcionada ao atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, e ainda não há valores exatos sobre o impacto da
medida ligada ao piso salarial da enfermagem na arrecadação
federal.
Um
projeto nesse sentido está parado no Congresso e só deve ser votado após as
eleições.
4.
Prefeitos propõem alteração no Fundo de Participação dos Municípios:
A
discussão no Congresso sobre um possível aumento na verba das prefeituras para
custear o piso salarial da enfermagem voltou a ser pauta.
Essa
proposta está em fase de tramitação e busca crescer 1,5% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), com parte
sendo usada para o pagamento do piso salarial enfermagem.
A Frente
Nacional de Prefeitos se posicionou a favor do valor do acréscimo
repassado aos municípios, que seria equivalente a R$ 9,2 bilhões/ano.
Segundo
informações do G1, os prefeitos também visam uma Proposta de
Emenda à Constituição (PEC), com o objetivo de repassar cerca de R$ 10
bilhões anuais da União para o FNM.
Dessa forma, nessa semana segunda e terça-feira (17 e 18), 300 prefeitos estarão em Brasília para buscar apoio dos líderes do Congresso Nacional, em defesa do piso salarial da enfermagem.
Fonte_JCne10
Nenhum comentário:
Postar um comentário