O ministro
da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou as principais ações do Brasil para
eliminar o câncer do colo do útero, reforçando três pilares fundamentais:
prevenção, rastreamento organizado e tratamento adequado. Durante sua
participação no seminário virtual “Rumo à Eliminação do Câncer do Colo do Útero
nas Américas”, promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) nesta
segunda-feira (17), ele reforçou que a meta do país é vacinar 90% das meninas
contra o HPV.
O
encontro marcou o lançamento do Dia Mundial de Eliminação do Câncer do Colo do
Útero, celebrado a partir de 17 de novembro, e destacou avanços importantes do
Brasil, como o teste molecular DNA-HPV, desenvolvido integralmente pelo
Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e lançado este ano para
fortalecer a estratégia de rastreamento.
“Nenhuma
mulher deveria temer a uma doença evitável, por isso a nossa meta é vacinar 90%
das meninas. São mais de 38 mil salas de vacina integradas à Atenção Primária, que é o fio condutor da
nossa política de prevenção. Em cada uma dessas salas, nossos profissionais, em
sua maioria mulheres, acolhem, vacinam, testam e acompanham as pacientes ao
longo de toda a linha de cuidado”, afirmou o ministro Padilha.
A vacinação é uma das principais ações para prevenir
e eliminar a doença. Atualmente, a cobertura vacinal alcança mais de 82% das
meninas e cerca de 67% dos meninos entre 9 e 14 anos. O Brasil introduziu a
vacina contra o HPV para meninas em 2014 e, em 2017, ampliou a imunização para
meninos, fortalecendo a equidade de gênero em saúde. Desde abril de 2024, o
país adota a dose única da vacina HPV para adolescentes, alinhado às
recomendações da OMS e da OPAS. Em 2025, a faixa etária foi temporariamente
ampliada até 19 anos para garantir a vacinação de todos os adolescentes.
Tecnologias
inovadoras no SUS
Em
agosto deste ano, o Ministério da Saúde passou a implementar no SUS o teste de
biologia molecular DNA-HPV, um método moderno e inovador que representa um
avanço para o rastreamento organizado do câncer do colo do útero. O exame
substituirá gradualmente a citologia convencional. Segundo Alexandre Padilha,
trata-se de um método mais sensível, que permite um intervalo de cinco anos
quando o resultado é negativo, aumentando a eficiência do rastreamento e
reduzindo a sobrecarga dos serviços de saúde.
O
novo modelo de rastreamento começou como projeto-piloto em 12 estados e será
ampliado para todo o país até 2026. “É uma tecnologia 100% nacional,
acompanhada de novos manuais de implementação”, destacou Padilha.
Agora
Tem Especialistas promove equidade no cuidado
A
doença afeta principalmente mulheres de 25 a 64 anos que mais dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e
vivem em áreas com menor acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento.
Além
da ampliação da vacinação, um avanço crucial implementado pelo Ministério da
Saúde é o programa “Agora Tem Especialistas”,
que reúne ações para garantir atendimento adequado e em tempo oportuno às
mulheres que necessitam de colposcopia, biópsia ou tratamento, reduzindo
desigualdades e fortalecendo a linha de cuidado.
“Estou
confiante de que, com o governo do presidente Lula ao lado do povo brasileiro,
o Brasil conseguirá atingir a meta global da OMS até 2030: 90% de cobertura
vacinal, 70% de rastreamento e 90% de tratamento adequado. Eliminar o câncer do
colo do útero é um compromisso de saúde pública”, afirmou Padilha.
Fonte _ Saúde.gov

Nenhum comentário:
Postar um comentário